terça-feira, 26 de junho de 2012

HISTÓRIA
Karatê foi originado na Índia ou na China, há aproximadamente doze séculos. Na medida em que a arte foi sendo desenvolvida, estudada, cultivada e transmitida através das gerações, mudanças e contribuições foram somadas para a formação de diversos estilos de karatê em evidência atualmente. Há milênios já existiam formas de lutas sem armas, e na época dos samurais no Japão, não existia o conceito de esporte. Os guerreiros praticavam artes marciais também como forma de exercícios físicos, através dos quais educavam a disciplina, a moral, o civismo e impunham a paz e a moral à sua Nação. O grande responsável pelo desenvolvimento do karatê, foi o mestre Gichin Funakoshi, que introduziu o karatê como esporte no Japão e foi convidado pelo ministério da educação japonês, para dar aulas de karatê nas escolas e universidades do país. O mestre Funakoshi pretendeu com seu método que visava à educação física como forma de defesa pessoal, aliada à filosofia dos samurais, mas com base científica, ajudar os estudantes em sua formação como homens e cidadãos úteis a sociedade, tudo isso, sem perder o verdadeiro espírito marcial da luta. O karatê foi considerado "arte divina" pela sua grande eficiência no combate real. Um dos fatos mais importantes para o desenvolvimento do karatê foi o surgimento do "karatê-competição" como esporte. Nos anos 30 e 40, o karatê começou a se espalhar pelo mundo. Aqueles poucos indivíduos, que realmente alcançaram uma alta condição na arte do karatê, exibem capacidades que parecem estar próximas dos limites do potencial humano. O praticante de karatê, uma pessoa altamente treinada nos aspectos físico-mentais, quando se confronta com o atacante, apresenta um comportamento diferenciado e das provas de sentimentos completamente incomuns a alguém tão ameaçado. Existe uma ruptura de pensamento intelectual e de emoções como raiva, medo e orgulho. Em lugar disso, ele não se sente como indivíduo separado das coisas que o cercam, como um indivíduo em seu ambiente. Até mesmo seu oponente é olhado como uma extensão de si próprio. É natural que tais sentimentos subjetivos estejam abertos ao estudo científico

terça-feira, 5 de junho de 2012

MMA – MIXED MARTIAL ARTS

1.    INTRODUÇÃO
O MMA significa Mixed Martial Arts, ou em português, quer dizer artes marcial mistas, também conhecido como vale-tudo, são artes que incluem golpes de lutas em pé e técnicas de lutas no chão. No MMA o praticante não precisa seguir um estilo específico de luta, ele pode utilizar-se de qualquer modalidade, como, boxe, jiu-jitsu, caratê, judô, muay thai, entre outras. Os primórdios do Vale-Tudo ocorreram no Brasil desde a década de 30, graças aos irmãos Carlos e Helio Gracie. Responsáveis pela disseminação do jiu-jítsu no Brasil e na época residentes no Rio de Janeiro, os irmãos desenvolveram o hábito de desafiar mestres de outras artes marciais para lutas sem regras e sem limite de tempo como forma de provar a superioridade do jiu-jítsu sobre outras especialidades e, assim, chamar a atenção da população em geral para a modalidade. Muitos são os estudos na literatura que envolvem atletas de MMA, estudos que procuram aprofundar o conhecimento sobre tal esporte, auxiliar os técnicos em melhorar o desempenho de seus atletas, e evitar também, possíveis erros na periodização e lesões durante os treinamentos. Nosso objetivo com esta pesquisa é de descrever sobre o nascimento do esporte, até a evolução adquirida, suas regras e revisar a literatura sobre os temas propostos nas mesmas.

2.0 DESENVOLVIMENTO
2.1 Histórico
Em 648 a.C. ocorreram os primeiros eventos que marcaram a origem do MMA na Grécia. Eles criaram o Pankration, combinação de duas palavras que significam: Pan: vários; e kration: força. Era um esporte que misturava boxe com wrestling, e foi o primeiro registro de algo parecido com o MMA. Seu declínio ocorreu com ascensão do Império Romano, e o boxe e o wrestling permaneceu por serem mais difundidos. (FRANÇA, 2011).
Em 1925, uma família de brasileiros, trouxe ao cenário mundial, um combate com misturas de diferentes artes marciais. O precursor Carlos Gracie lutador de judô ensinou os irmãos e aos poucos foi adaptando as regras aos golpes, criando jiu-jitsu brasileiro. Carlos abriu uma academia, e inventou a “Grace Challenge”, onde ele desafiava os lutadores a promoverem seus métodos de vencer não importava qual arte marcial praticasse. Então os combates ficaram conhecidos como Vale – Tudo. (PINHEIRO, 2010)
As lutas eram disputadas em estádios de futebol, para mostrar que era possível qualquer um vencer, independente do seu porte físico. O vale-tudo evolui tanto que levaram sua arte para os Estados Unidos onde começaram a ensinar o jiu-jitsu brasileiro. (FRANÇA, 2011).
Desde então grandes eventos começaram a ser organizados, o primeiro UFC ( Ultimate Fighting Championship) foi realizado em 1993 e vendeu 86 mil cotas de per-pay- view. Os primeiros eventos da UFC não tinham muitas regras, como por exemplo, a divisão de peso, a luta ocorria numa gaiola, então o esporte foi evoluindo e atualmente é sem duvida uma das maiores modalidades de luta. (FRANÇA, 2011)
O Mixed Martial Arts, ou como é conhecido MMA, é hoje o esporte que mais cresce no mundo. É absolutamente espantosa a forma meteórica através da qual se deu o crescimento do esporte. A maior organização de MMA do planeta, o Ultimate Fighting Championship (UFC), é avaliada em mais de 1 bilhão de dólares. (PINHEIRO, 2010)
Uma das maiores lutas da fase anterior ao Vale-Tudo ocorreu no estádio do Maracanã, entre Helio Gracie e o judoca Masahiko Kimura. A luta foi vencida pelo japonês, que quebrou o braço de Gracie ao aplicar uma chave conhecida como ude-garame invertido. A técnica foi posteriormente incorporada ao jiu-jitsu e hoje em dia é mundialmente conhecida apenas como “Kimura”. (PINHEIRO, 2010)

2.2 Regras segundo as REGRAS UNIFICADAS DE CONDUTAS DO MMA
- Rounds
Cada round deve ter cinco minutos de duração, com um minuto de intervalo para descanso entre eles. Lutas por títulos podem ser sancionadas para cinco rounds, mas lutas comuns não devem exceder o total de três rounds.
- Trajes
Os competidores devem lutar trajando shorts aprovados, sem nenhum tipo de calçado. Camisetas, camisas de quimonos ou calças (inclusive de quimonos) não são permitidas. Os lutadores devem utilizar luvas leves (de 4 a 6 onças), que deixam os dedos livres. As luvas devem ser novas e entregues em perfeitas condições pelo promotor do evento e aprovadas pela Comissão Atlética, ou serão substituídas. Nenhum competidor pode usar suas próprias luvas. Em todas as categorias de peso as bandagens das mãos dos competidores devem ser restritas a gazes leves, com no máximo 13 jardas (11,8m) de comprimento por 2 polegadas (5cm) de largura, afixada por esparadrapo cirúrgico de, no máximo, 10 pés (3m) por uma polegada (2,5cm) de largura, para cada mão. Todos os competidores devem usar protetor bucal durante as lutas, que será inspecionado e aprovado pelo médico presente ao evento. Lutadores devem usar protetor genital (coquilha), de tipo aprovado pelo comissário presente. Lutadoras são proibidas de usar protetor genital. Elas devem usar protetor de seios, igualmente aprovados pelo comissário. Jóias ou piercings são proibidos durante um combate.
- Equipamentos
Em cada luta o organizador deve fornecer um balde limpo e uma garrafa de plástico limpa para água para cada corner. Um banco aprovado pelo comissário presente deve ser fornecido para cada competidor. Um número apropriados de bancos ou cadeiras, aprovados pelo comissário, devem ser fornecidos em números suficientes para cada cornermen de cada lutador e devem ser posicionadas próximas ao corner do lutador. Os bancos e cadeiras devem ser limpos ou substituídos após cada luta.
- Arbitragem e critérios de julgamento
O árbitro e o médico do evento são os únicos indivíduos que podem interromper uma luta e únicos autorizados a entrar na área de combate a qualquer momento. Os juízes devem avaliar as técnicas dos competidores, como trocações efetivas (número total de golpes duros lançados por um competidor), agarramentos efetivos (quantidade de quedas e reversões com sucesso executadas por um competidor, por exemplo, queda da posição em pé para a montada ou lutadores que ficam embaixo, na guarda), controle da área de luta (julgamento de quem está controlando o ritmo e posição da luta, por exemplo, com tentativas de quedas para forçar a luta no chão, passagem de guarda para conseguir posição de montada, impedir uma tentativa de queda permanecendo em pé e usando trocação legal), agressividade efetiva (lutar se movendo para frente e disparando golpes legais) e defesa (evitar ser quedado, atingido por trocação ou raspado). A ordem colocada anteriormente define o peso de cada feito avaliado. Se um lutador passa maior parte do tempo de um round no chão, os dois primeiros itens (trocações e agarramentos efetivos) são invertidos na prioridade.
O sistema de 10 pontos por round deve ser adotado em todas as lutas. Três juízes marcam o placar em cada round, quando o vencedor daquele round leva 10 pontos e o perdedor, 9 ou menos. Caso um juiz considere que um round terminou empatado (nenhum lutador claramente obteve vantagem), deve atribuir 10 pontos para cada lutador. Em New Jersey o placar mínimo que um lutador pode receber num round é 7. Em outros locais este valor pode mudar.
- Técnicas Permitidas
São permitidos golpes com o cotovelo, exceto se forem aplicados para baixo. Aperfeiçoamentos das regras unificadas atualmente permitem qualquer tipo de ataque com cotovelos, exceto nas áreas do corpo cujo contato não é permitido.
- Advertências
As seguintes manobras são passíveis de advertência pelo árbitro do combate. Se um competidor insistir com a infração, a advertência vira punição, que pode ser perda de ponto até desclassificação.
- Segurar ou se pendurar nas cordas ou grades
- Segurar as luvas ou shorts do oponente
- Presença de mais de um cornermen no perímetro da área de luta
- Faltas
São consideradas faltas no MMA:
- Dar cabeçada no adversário
- Colocar o dedo no olho do adversário
- Morder ou cuspir no adversário
- Puxar os cabelos do adversário
- Agarrar o adversário pela boca
- Atacar a região genital do oponente
- Intencionalmente colocar um dedo em qualquer orifício do oponente
- Golpear com o cotovelo de cima para baixo
- Manipular juntas pequenas
- Golpear a espinha ou parte de trás da cabeça do oponente
- Golpear os rins com os calcanhares
- Qualquer golpe à garganta
- Agarrar, beliscar, torcer a pele ou carne
- Agarrar a clavícula
- Chutar a cabeça de um adversário caido
- Aplicar joelhadas na cabeça de um adversário caido
- Pisar em um adversário caido
- Utilizar linguagem abusiva no ringue ou octógono
- Utilizar conduta anti-desportiva que possa machucar o adversário
- Atacar um oponente no intervalo
- Atacar um oponente quando este esta sob cuidados do árbitro
- Timidez (evitar contato, intencionalmente derrubar o protetor bucal ou simular contusão)
- Interferência de um cornermen
- Arremessar um oponente para fora da área de luta
- Desrespeitar as instruções dadas pelo árbitro
- Arremessar o adversário contra a lona sobre a cabeça ou coluna dele (bate-estaca)
Uma falta resulta em dedução de um ponto na contagem oficial dos juízes. Apenas o árbitro pode apontar uma falta. Se o árbitro não indicar uma falta (interromper a luta, verificar a condição do competidor que sofreu a infração e notificar verbalmente aos cornermen e juízes), um juiz não pode levar o fato em consideração ao apontar o score do round. Um competidor que sofreu uma falta tem até cinco minutos para se recuperar. Um competidor é desclassificado ao cometer três das faltas acima ou se o árbitro julgar que pelo menos uma delas foi feita intencionalmente e de modo flagrante.
- Contusões obtidas durante o combate.
Se uma contusão sofrida por manobra legal for severa o suficiente para encerrar a luta, o competidor machucado perde por nocaute técnico. Se a contusão for sofrida por manobra ilegal (um dos fatores do item 7) e severa o suficiente para encerrar a luta, o competidor que causou a contusão perde por desclassificação. Se uma contusão for sofrida por manobra ilegal mas a luta prossegue, o árbitro avisa aos juízes que descontem dois pontos do infrator. Se uma contusão sofrida por manobra ilegal acidental for severa demais e causar a interrupção da luta pelo árbitro, a luta deve resultar em no contest se for interrompida antes de completar dois rounds disputados (em lutas de 3) ou antes de completados três rounds (em lutas de 5). Após este limite, o placar dos juízes até o momento definirá o vencedor por decisão técnica.
Não existe pontuação em um round não terminado, apenas dedução de pontos decorrentes de infrações.

- Tipos de resultados de uma luta
Uma luta pode ter apenas um dos seguintes tipos de resultados:
- Submissão (finalização):
Por Desistência: quando um lutador usa sua mão para indicar que não deseja mais continuar
Por Desistência verbal: quando um lutador anuncia verbalmente que não deseja mais continuar
- Nocaute técnico:
Por interrupção da luta pelo árbitro
Por interrupção da luta pelo médico
- Nocaute
- Decisão: Unânime, Dividida ou Majoritária
- Empate: Unânime, Dividida ou Majoritária
- Condutas Gerais
Os lutadores serão submetidos a exames de controle de doping por esteróides ou outra substância ilegal qualquer.
- Requerimento da NJAC
Os lutadores devem ser licenciados pela NJAC, sujeitos aos critérios de licenciamento da mesma. As taxas de licenciamento são definidas pela NJAC. Todos os eventos de MMA estão sujeitos à presença de inspetores da NJAC. Todos os eventos de MMA devem atender aos procedimentos médicos definidos pela NJAC, devem fornecer equipamentos médicos e facilidades de emergência, conforme definição da NJAC, além de atender aos requerimentos de seguros definidos pela NJAC.
- Pesagem e Categoria dos Pesos.
As pesagens devem obedecer aos critérios definidos pela NJAC para os boxeadores profissionais. Foram definidas as seguintes categorias de peso, com seus respectivos limites:
Peso mosca (flyweight), abaixo de 57kg (125,9 libras)
Peso galo (bantamweight), entre 57,1kg (126lbs) até 61,1kg (134,9lbs)
Peso pena (featherweight), entre 61,2kg (135lbs) até 65,7kg (144,9lbs)
Peso leve (lightweight), entre 65,8kg (145lbs) até 70,2kg (154,9lbs)
Peso meio-médio (welterweight), entre 70,3kg (155lbs) até 77kg (169,9lbs)
Peso médio (middleweight), entre 77,1kg (170lbs) até 83,7kg (184,9lbs)
Peso meio-pesado (light heavyweight), entre 84kg (185lbs) até 92,9kg (204,9lbs)
Peso pesado (heavyweight), entre 93kg (205lbs) até 120,1kg (264,9lbs)
Peso superpesado (super heavyweight), acima de 120,2kg (265lbs)

2.3 Estudos voltados ao MMA
Um competidor busca a vitória através de diversos modos: através de trauma-encefálico, desabilitação de um oponente por desarticulação, subluxação, luxação, trauma de tecidos moles, ou causando sincope por meio de estrangulamento. (SCHICK et all, 2010).
Muitas foram as tentativas de legisladores e médicos de banir o esporte, e para evitar esse acontecimento, o MMA passou por algumas metamorfoses na década de 90. Essa transformação foi impulsionada pelo crescente aumento dos eventos e incentivos financeiros. As modificações das regras ocorreu para tornar esporte mais seguro. (SCHICK et all, 2010).
Um estudo feito por Schick et all (2010), avaliou 642 vídeos consecutivos de lutas, desde novembro de 1993 ate novembro de 2003, a fim de determinar por quais razões as mesmas foram interrompidas. Quatro categorias foram estipuladas: impacto da cabeça, estresse músculo-esquético, golpes de pescoço e traumas diversos. O estudo identificou que das 642 lutas, 182 foram interrompidas por causa de impacto da cabeça, 106 por estresse músculo-esquelético, 91 por golpes de pescoço, 83 por traumas diversos e 173 por expiração do tempo do round. O estudo concluiu que a proporção de lutas paradas por causa de impacto da cabeça foi a maior documentada dentro da categoria de esportes de combate.
Força, potência e resistência de competência técnica são características físicas necessárias para ser um lutador de sucesso do MMA. (BUSE, 2006). O mesmo autor ainda salienta que teste fisiológico pode avaliar o condicionamento físico geral de atletas e desta maneira obter orientações definidas e individualizadas para periodizações de atletas de MMA.
O estudo de Buse (2006),  avaliou onze homens lutadores de MMA com idade média de 25 anos com dois anos de experiência em combate competitivo a nível regional e que treinavam no mínimo duas vezes por semana. O estudo avaliou medidas antropométricas, composição corporal, força de preensão, sentar e alcançar, salto vertical, 1RM de agachamento e um teste de VO²máx. Os resultados foram comparados com outros estudos, e mostraram que lutadores de MMA tiveram percentual de gordura semelhante ao de judocas, porém maiores que de lutadores de Kung Fu. O VO²Máx foi maior que dos judocas, mas menor que de lutadores de kickboxers. Os lutadores de MMA se mostraram menos flexíveis  do que atletas de kung fu, mas tão flexíveis como lutadores de qualquer outra modalidade. O salto vertical foi mais positivo do que do kung fu. E os atletas de kickboxers tiveram maior força de preensão do que lutadores de MMA. Tal estudo mostrou quanto se faz importante os teste de aptidão física, fornecendo ao treinador parâmetros avaliativos para prescrição de treinamento com relação a sua capacidade física, assim como, incorporar a sua rotina de treino, exercícios de fortalecimento a fim de beneficiar as variáveis que apresentarem pontos negativos.
As artes marciais da década de 1990, será lembrada como a década da revolução. Com o novo tipo de esporte de combate, que chamou a atenção popular e mudou alguns métodos de treinamentos, filosofias e perspectivas de milhares de artes marciais. Muitos nomes têm sido usado para batizar este novo esporte de combate vale-tudo, o Ultimate Fighting, No Holds Barred Combate Shootfighting, etc. O mais adequado é, talvez, Mixed Martial Arts, uma vez que estas competições foram projetadas para testar o pontos fortes e fracos de diferentes estilos em um conjunto de regras muito permissivas que não favorece nenhuma arte particular. (BOLELLI, 2003).
            Jogos de videogames e vídeos tinham como idéia, torneios abertos para todos os estilos de artes marciais. No Brasil, as competições de Vale-tudo vêm ocorrendo há uma boa parte do século XX. Na Grécia antiga, Pankration, um antepassado de Mixed Martial Arts que permitiram kickboxing, lances groundfighting, e submissões costumava ser um evento principal dos Jogos Olímpicos (Poliakoff, 1987; Vale, 2001). Até a década de 1990, os diferentes estilos de artes marciais eram disputados através de torneios, com tais regras restritivas que fizeram o confronto de diferentes artes em um terreno ainda dificultoso. Este estado de coisas, no entanto, estava prestes a mudar quando em 1993 o primeiro Ultimate Fighting Championship (UFC) foi realizada nos EUA. Pouco tempo depois, o número de organizações, promoções, torneios semelhantes cresceram exponencialmente, Shooto, Rings, Pride, World Combate Extreme, combate Extreme, Pancrase, King of the Cage, Campeonato deCombate Absoluto, etc. (Bolelli, 2003).
         Segundo Bledsoe, et. al. 2006, forão realizados 171 combates de MMA envolvendo 220 lutadores diferentes. Houve um total de 96 lesões em 78 lutadores. Das 171 partidas travadas, 69 (40,3%) terminou com pelo menos um lutador ferido. As lesões mais comuns foram, laceração facial com 47,9% de todas as lesões, seguido por lesão na mão (13,5%), lesão nariz (10,4%), e olhos (8,3%). Tudo isso com lutas por categoria de peso e idade também.
No começo o MMA era promovido como um esporte brutal, por essas e outras forai criado uma regulamentação para o esporte. Os lutadores são agora proibidos de dar cabeçadas, uso do cotovelo ou joelho em um adversário que esteja no chão,  desferir qualquer tipo de soco na garganta, na coluna vertebral e na nuca, são divididos em categorias de peso, e é permitido apenas uma luta por noite (BLEDSOE, et. al. 2006).

2.4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
            O MMA, antigamente conhecido como Vale-tudo, e atualmente renomado como UFC, tem suas caracteríscas como um esporte que envolve muitos modalidades de artes marcias, utilizando muita técnica, força e resistência, além de exigir um treinamento contínuo e eficaz. Para tal periodização obter resultados eficazes, é importante que o atleta realize com frequência, avaliações físicas, a fim de amenizar pontos negativos que sejam observados através desta anamsnese. Por se tratar de um esporte com muito contato, e aparentemente violento, exige-se que muitos estudos acerca do assunto e do esporte sejam realizados. A literatura brasileira ainda é vasta em comparação com os artigos encontrados recentemente na literatura estrageira.            

2.5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1-    BLEDSOE H. G., HSU B. G., GRABOWSKI G. J., BRILL D. J. E LI G.       Incidence of Injury in Professional Mixed Martial Arts Competitions, Journal of Sports Science and Medicine,2006.  Disponivel em: http://www.jssm.org/combat/1/18/v5combat-18.pdf Acesso: 02/06/2012
2-    BOLELLI, D. On the warrior’s path: The strategies of martial arts applied to daily life. Berkeley, CA: Frog. 2003.
3-    BUSE, G. J.; No holds barred sport fighting: a 10 year review of mixed
martial arts competition. Br J Sports Med 2006;40:169–172. doi:                                           10.1136/bjsm.2005.021295
4-    FRANÇA, Ana. Como funciona o MMA (Mixed Martial Arts). 2010 Disponível em: http://esporte.hsw.uol.com.br/mma1.htm. Acesso em: 15/10/2011.
5-    PINHEIRO, Guilherme. Breve História do MMA (Mixed Martial Arts)  Disponível em: http://papodehomem.com.br/breve-historia-do-mma-mixed-martial-arts/ Acesso em 15/10/2011.
6-    POLIAKOFF, M. Combat sports in the ancient world: Competition, violence, culture. New Haven: Yale University Press. 1987.
7-    REGRAS Unificadas de Conduta do MMA Disponível em: http://www.mma-brasil.com/saiba-mais/regras-unificadas-de-conduta-do-mma#rounds. Acesso em 15/10/2011
8-    SHICK, Monica G; BROWN, Lee E.; COBURN, Jared W.; BEAM, William C.; SCHICK, Evan E.; DABB, Nicole C. Physiological Profile of Mixed Martial Artists. 2010. Medicina Sportiva Med Sport 14 (4): 182-187, 2010 DOI: 10.2478/v10036-010-0029-y.

9-    VALE, B.; JACOBS, M. Shootfighting: The ultimate fighting system. Boulder: Paladin Press. 2001





Aula prática dia 22/05/2012 O Karatê e Kata



Para entender melhor sobre o que se referiu nossa aula prática, segue abaixo uma breve explicação do que é o KATA.

KATA


"O kata tem por definição um combate com um adversário imaginário, sendo muito mais que uma simples definição. É uma sequencia de movimentos com técnicas de ataque e defesa, com objetivo de um aprendizado mais profundo da arte. O Kata também é um componente psicológico para preparar o carateca para um combate real. É extremamente importante a memorização dos movimentos do Kata. Com suas direções, golpes aplicados a movimentação de cabeça e olhares. Para que isso aconteca é preciso que seja feita uma memorização de todos os movimentos executados no kata. Dessa forma o corpo responde quase que instintivamente aos movimentos, sem que seja necessário parar para pensar no que vem a seguir."

Após essa breve explicação, também realizada em sala pela nossa Profª Keith Sato, nós realizamos a aula prática de karatê, que teve inicio com um breve aquecimento com pequenos saltos sobre o colega, fazendo uma breve associação com a pliometria. Aprendemos as três maneiras de defesa com as mãos: defesa alta, defesa média  e defesa baixa. Realizamos alguns chutes do karatê (frotal e semi circular) e brincamos de lutar com os golpes praticados na aula. Ao final da aula, o aluno Lucas Max, fez uma demonstração de Kata para o restante da turma.

Foto de um grupo de Kata, fonte: http://espiritomarcial.wordpress.com/kata-um-aspecto-da-forca/


terça-feira, 17 de abril de 2012

SJFT - Special Judo Fitness Test


O SJFT foi desenvolvido por Stanislaw Sterkowiscz, em 1995. Este teste se divide em três fases, em 15 segundos, 30 segundos e 30 segundos, com intervalos de 10 segundos.
O Judô é intervalado de 15 por 30 segundos, com pausa ativa, com treinamentos de séries de 5 minutos, podendo ser de 6 a 7 minutos no máximo. O tempo de intervalo das séries pode ser: aeróbia – curto - 1 a 3min; anaeróbia – longa – 5 a 10min. A capacidade aeróbia é avaliada pela frequência cardíaca, avaliando a fc inicial, fc final e a fc 1min recuperação. Será avaliado o número de arremessos realizado em cada série.
O teste foi aplicado em três alunos. André, Lucas e Katia.
Os resultados foram:
André:  fase 1 fez 5 bananinhas, fase 2 fez 11 bananinhas e fase 3 fez 10 bananinhas. Com o total de 26 bananinhas. Fc final: 186; fc 1min de repouso: 181.
- Índice= (186+181) / 26= 14,11.
Lucas: fase 1 fez 6 bananinhas,  fase 2 fez 12 bananinhas e na fase 3 fez 10 bananinhas. Com o total de 28 bananinhas. Fc final: 182; fc 1min de repouso: 166.
- Índice= (182 + 166) / 28= 12,42.
Kátia: fase 1 fez 5 bananinhas, fase 2 fez 9 bananinhas e na fase 3 fez 9 bananinhas. Com o total de 23 bananinhas. Fc final: 163; fc 1min de repouso: 127.
- Índice= (163+127) / 23= 12,6.

Com base nos índices os alunos Lucas e Kátia foram considerados bom e o Andre fraco.



domingo, 15 de abril de 2012

PERIODIZAÇÃO DO JUDÔ

            A periodização consiste necessariamente em dividir um período especifico de treinamento. De acordo com FERNANDES (1981), a periodização é definida como uma divisão do ano em períodos, onde teriam suas finalidades bem definidas, respeitando assim um calendário de competições.
O treinamento pode ser classificado em três ciclos:
Macrociclo: é considerado um conjunto de todas as atividades programadas durante a temporada, podendo ser anual, quadrimestral ou semestral dependendo dos objetivos, ou seja, o plano da temporada onde estão inseridos os períodos de preparação, competição e transição que visa levar o indivíduo a uma performance ou objetivo desejado, dentro de um planejamento de treinamento pré-estabelecido (DANTAS, 1995).
Períodos do macrociclo:
·         Período pré-preparação – realização de testes além da montagem do plano de treinamento.
·         Período preparatório – desenvolvimento da boa forma esportiva.
·         Período de competições – desenvolvimento da boa forma esportiva e participação em competições.
·         Período de transição – recuperação e regeneração ativa do atleta após extremos esforços a que se submeteu no período anterior.
Mesociclo: está inserido dentro do macrociclo, sendo considerado o elemento estrutural da periodização, ocorre geralmente de 21 a 35 dias e dessa maneira se consegue uma melhor definição dos objetivos (DANTAS, 1995).
Microciclo: única, indivisível, menor fração do plano de treinamento e não se deve mudar, no seu transcurso, as qualidades físicas que estão sendo trabalhadas, nem a ênfase sobre o volume ou intensidade, é nele que há fase de estímulo e recuperação, fazendo com que ocorra o fenômeno da supercompensação e assim melhorando o condicionamento do atleta. (DANTAS, 1995).
            O judô é uma modalidade em que existem competições durante o ano todo, tais como municipais, regionais, estaduais, nacionais, entre outros, e com isso o atleta precisa manter um bom desempenho durante um longo tempo caso queira atingir o alto nível. A partir das características da modalidade, Gil’ad (1998) apud Franchini (2001) afirma que no judô tem-se usado a seguinte periodização: Período Preparatório I, Período Competitivo I, depois Período Preparatório II, Período Competitivo II, e finalmente, um Período de Transição, sendo esta classificada por Zakharov & Gomes (1992) como macrociclo de dois ciclos incompletos.
            Conforme o modelo proposto de periodização proposto Gil’ad (1998) apud Franchini (2001), pode-se dizer que dependendo do nível em que se encontra o atleta, a periodização acontecerá em três ou até quatro ciclos incompletos, como no seguinte modelo:

sábado, 7 de abril de 2012

filosofia de um judoca

ASPECTOS FILOSÓFICOS DO JUDÔ



     


O judô têm como alicerce os três princípios filosóficos definidos por Jigoro kano. O Judô pode ser resumido como a elevação de uma simples técnica a um principio de viver. Esses princípios, mesmo não sendo conscientemente esclarecidos e compreendidos, estão presentes em todos os atos e atividades do praticante de judô. Por outro lado, quando o praticante tiver fixado e tomar consciência dos princípios que norteiam o judô, pode-se verificar que não são restritos ao Dojô, mas são igualmente válidos em qualquer atividade da vida diária, quando se pretende atingir um determinado objetivo.

Três princípios:
JU = Suavidade.
SEIRYOKU-ZEN-YO = Máxima eficiência com mínimo esforço. JITA-KYOEI = Bem estar e benefícios mútuos.

O princípio da máxima eficiência é aplicado na elevação ou na perfeição do espírito e do corpo eficiência do ataque e da defesa, exige primeiramente ordem e harmonia de todos os membros e isto pode ser atingido com o auxílio e as concessões entre si para atingir a prosperidade e os benefícios mútuos.
         O espírito final do judô, é de plantar no íntimo do homem o respeito pelos princípios da máxima energia, da prosperidade e benefícios diversos  da suavidade, para poder atingir, individualmente e coletivamente sua melhor performance e ao mesmo tempo o melhor desempenho na arte de ataque e defesa.
         O professor Kano afirma o seguinte: "Ainda que eu considere o Judô dualisticamente, a prosperidade e benefícios mútuos pode ser vista como sua finalidade última e a máxima eficiência como meio para atingir esse fim. Essas doutrinas são aplicáveis a todas as condutas do ser humano". 

Princípios Filosóficos do Judô:



I.  Conhecer-se é dominar-se, e dominar-se é triunfar.
II.  Quem teme perder já está vencido.
III.  Somente se aproxima da perfeição quem a procura com constância, sabedoria e, sobretudo, humildade.
IV.  Quando verificares que nada sabes, terás feito o teu primeiro progresso no aprendizado.
V.  Nunca te orgulhes de haver vencido um adversário. Ao que venceste hoje, poderá derrotar-te amanhã. A única vitória que perdura é a que se conquista sobre a própria ignorância.
VI.  O judoca não se aperfeiçoa para lutar, luta para se aperfeiçoar.
VII. O judoca é o que possui inteligência para compreender aquilo que lhe ensinam e paciência para ensinar o que aprendeu aos seus semelhantes.
VIII.  Saber cada dia um pouco mais, utilizando o saber para o bem.
IX.  Praticar o judô é educar a mente a pensar com velocidade e exatidão, bem como ao corpo a obedecer com justeza. O corpo é uma arma cuja eficiência depende da precisão com que se usa a inteligência.


 
 “Os princípios filosóficos do judô devem orientar a maneira de pensar do praticante do judô, para que essa prática se volte para o desenvolvimento pleno e harmonioso do judoca em busca de equilíbrio pessoal e fortalecimento moral.”